sábado, 17 de março de 2012

Uma de minhas paixões


Essa semana postei um vídeo lindo no facebook chamado Namaste India. O vídeo me fez delirar nas experiências que tive, que vi e ate as que inventei na India! Que país fantástico, meu Deus! Às vezes – alias, bem freqüentemente – sinto como se estivesse trazendo o mundo que esta dentro de mim para fora. E ao mesmo tempo, não estou. Porque a India também limita.

Quantas experiências fantásticas e autenticas e passageiras. E ainda mais belas por serem passageiras. Na India, percebi e vi que nada dura para sempre e ao mesmo tempo, tudo dura para sempre. Encontrei pessoas com uma visão de mundo tão diferente da minha, que aceitar o diferente se tornou natural. A India me ensinou que não precisamos entender para aceitar e deixar “ir”.


Encontrei pessoas tão apaixonadas e em um “mundo” tão autentico e individual. Como a austríaca que morava em um templo dourado – Meca dos Sikhs, em uma cidade na fronteira com o Paquistão. Ela estava morando em um quarto minúsculo dividido com outros turistas que vinham e iam – e ela ficava. Pois estava fazendo uma pesquisa de doutorado sobre “o papel da mulher na religião sikhista”. A paixão que eu vi nos olhos dela foi algo indescritível.


E as experiências? Às vezes nos deixando de boca aberta, quase sempre aleatórias, às vezes difíceis e sempre engraçadas. Sempre rindo de nos mesmos. Como quando corremos atrás de um trem em Mumbai e acabamos entrando no compartimento do maquinista! E mais, ele deixou a gente dirigir o trem! Dirigir um trem que corta uma cidade de 20 milhões de pessoas com milhares de passageiros! Ou quando o Gustavo parou no caminho da maior celebridade de Bollywood e os seguranças do super ator fizeram questão de tirar o Gustavo do caminho – só vi Gustavo “voando” na minha frente! Hahahaha Ou quando nos perdemos numa floresta nos Himalaias – e acabamos encontrando uma escola tibetana, paramos para pedir informação e surpresa! Era uma escola de ensino médio e naquela noite todas as famílias tibetanas tinham vindo a escola prestigiar apresentações musicais dos filhos. Sentamos, assistimos. Aquele dia me emocionei e chorei. Emocionado por ver uma mistura de culturas do Tibete e da India acontecendo na minha frente – sabendo que eram todas famílias de refugiados da China. E por ver a gratidão deles pela India te-los recebido e ao mesmo tempo, eles também já eram ‘India’.

Boca aberta quando via o motorista da TATA me trazendo do trabalho todo dia as 4 da manha depois dos meus expedientes noturnos. E todo dia ele estava la, e todo dia ele dormia no carro. Alucinado de sentar de frente ao Taj Mahal ou aos fortes do Rajastao e imaginar: como tanta beleza e possível?


Ah, Namaste India.

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