domingo, 23 de maio de 2010

Radicalizando

Como é bom ultrapassar os próprios limites, né?

Limites que, muitas vezes, estão na nossa cabeça.

Essa semana me inscrevi de bobeira para uma competição de wall climbing, um esporte que você tem que escalar paredes artificiais em níveis diferente e vai acumulando pontos.

Foi uma competição organizada pela Tata para os funcionários. Fomos eu e a Nisha.

Nisha e eu

Quando eu cheguei lá, me assustei com o tamanho e o formato da parede. Deu medo.

Parede estranha

Eu tenho uma certa fobia de exame de sangue, me deu uma fobia de subir nessa parede. =S Eu olhava e falava NUNCA vou conseguir subir, vou cair na primeira parte, não tenho força para aguentar meu peso...

Instruções

A competição se dividia em 4 partes: cada parte uma parede diferente variando de nível.

O esforço que você precisa fazer é absurdo para sustentar o próprio peso, tem várias técnicas envolvidas, como se deve guardar energia, como confiar em quem te segura se você cai...

A sensação é que você pode cair de uma altura de uns 15 metros e que não cair depende só de você, da sua força, técnica, tempo, energia,...

Fiquei muito feliz que consegui ir me qualificando até a etapa final! Sério que eu não acreditava que tinha conseguido. Na minha cabeça aquela parede era impossível!

Nisha dando um show!

Começando a subir

Como passar esse obstáculo?

Um dos caras na final: o vão da parede é enorme, tem que se segurar deitado no ar

Galera na tensão...

O cara mandou ver e ultrapassou!A galera vibra...

Fora que foi super divertido, a gente vibrava com cada um que subia e conseguia ultrapassar um obstáculo. Foi íncrível. No fim, a galera já tava super unida, entrosada, vibrando com a final entre os 4 caras que fizeram mais pontos - foi sensacional! Encerrou com o instrutor dando uma aula de técnicas e motivando a galera a se preparar bastante antes de pensar em subir, nas palavras dele, os Himalaias!

Legal ver um medo vencido, um limite ultrapassado, um grupo unido, aprender a valorizar a técnica, a dar o tempo necessário, a poupar energia...

Campeã nacional mostrou como se faz

sábado, 15 de maio de 2010

Amor e ódio


Amor e ódio andam juntos em diversas ocasisões. Mas eu posso "jurar" que não os amo.

Minha maior fonte de ódio na Índia tem nome e está em todos os lugares: os motoristas de tuk tuks, ou rickshaws como eles chamam aqui.

Eles já me colocaram em cada situação que minha pura vontade era de estrangular, enfiar o dedo dentro dos olhos, quebrar o nariz dele, torcer os dedos para trás ou dar um soco na barriga de um...uma vontade tao forte, um sentimento de raiva tao irracional...que se deixasse meus impulsos irem, o nariz do motorista ia parar na descarga do tuk tuk.

Já me deixaram no meio do breu, na metade do caminho, param para fumar, gritaram em hindi, se fizeram de patetas, rodaram o quarteirão...em Hyderabad, ele teve a cara de pau de me deixar na rodovia e apontar para o aeroporto a quilooometros de distancia, dizendo que era lá...e nao quis me levar até lá.

Parece que eles não raciocinam. Nunca te levam quando voce mais precisa e te enchem o saco quando voce despreza. Fingem que sabem onde vao te levar e na verdade te levam para "dar uma volta".

São caras-de-pau, golpistas, parecem um robos interessados em te estorquir rupias. E robos burros, porque uma vez conhecidos, voce sabe exatamente quais sao os golpes e o código rodando na cabeça deles.

Isso sem falar na poluicao que eles causam, na fumaça que eles soltam, nas buzinas....



Insuportáveis...mas no fim do dia, amáveis. São um ícone da Índia como o Cristo no Brasil. Só que o cristo nao se mexe, nao faz barulho, nao transporta ninguem,...