domingo, 17 de abril de 2011

O que eu posso e o que eu nao posso abrir mao?


Se tem algo que São Paulo sabe gerar muito bem são grupos diversos de pessoas que se interessam por assuntos diferentes e se reunem para discutir de maneira inovadora seus interesses. O Novo olhar é uma rede de pessoas interessadas em trazer novas perspectivas sobre a nossa relação com o nosso trabalho e o que entendemos sobre auto-realização.

Ontem fui a um workshop deles chamado “Networking Saudável” e logo na abertura uma questão: o que eu posso e o que não posso abrir mão para a minha auto-realização? Entre dinâmicas e discussões de grupo, passamos 3 horas entre pessoas de ONGs, empresas, autônomas,...todas em busca de uma idéia mais concreta de como elas podem se realizar e contribuir para uma sociedade e ambientes de trabalho melhores.

Eu sempre fui muito interessado por assuntos de desenvolvimento humano e sempre achei as discussões muito vagas também. Mas discutir personalidade, desejos, realização...só pode ser subjetivo. E como bem disse a Rita (facilitadora do grupo de ontem): “fugindo do malabarismo das palavras, vamos trazer um contraponto concreto para ancorar nossas idéias no chão, em ação”. E daí os exemplos de auto-realização surgiram e foram o melhor do networking!

Em especial o do fundador do Instituto Visão Futuro no Brasil, que falou de maneira bem humorada da história dele e do ambiente de trabalho no Instituto: “Outro dia um rapaz que trabalha com a gente veio para mim reclamando que a vida dele fora do trabalho estava tão conturbada, família,...e quando ele chegava no emprego se sentia mais leve – existe algum lugar em que vocês trabalham que seja assim?”. Ele também deu dicas e trouxes idéias novas como a de que devemos saber quando devemos preservar, ser polêmicos ou dialogar para que sejamos transgressores.

Entre algumas idéias poderosas que foram levantadas está a de que auto-realização tem muito a ver com as “histórias que nós contamos para nós mesmos” e que abrir ou não abrir mão de pensamentos pode potencialmente mudar nossa visão de mundo.

Ao final, uma menina em dúvida levantou a questão: “qual então deve ser o primeiro passo para a auto-realização?” O grupo concluiu: ter um senso de propósito maior (o que pode ser mais útil para o outro?), começar a dizer EU (eu sinto, eu percebo...) e não abrir mão do seu eixo – ser pioneiro vai causar polêmica.

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