tag:blogger.com,1999:blog-41897075100777437292024-03-19T02:00:40.340-03:00Ricardo Dutra GonçalvesRicardo Dutra Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/08464375371368230153noreply@blogger.comBlogger161125tag:blogger.com,1999:blog-4189707510077743729.post-90867111169283930132012-04-24T11:50:00.002-03:002012-04-24T11:58:12.149-03:00Terapia de vidas passadasNas ultimas semanas tenho feito uma terapia de vidas passadas, recomendada por uma grande amiga. Esta terapia é no modelo descrito pelo psiquiatra Brian Weiss no livro <a href="http://www.amazon.com/Many-Lives-Masters-Prominent-Psychiatrist/dp/0671657860">“Many lives, many masters”.
</a>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2WFpeKX6xvBvZhX44Abl_Qw-yovu8JmkXpxnCGCwUlaS0G5cKxzUEAk9N8NrydL6Q8_Iv3g7jNmWyjVCVIXBzOZEoBTN9PcT-75daMnA6eMRr26MXIJ3bJYuyAN_YisxPqeMbLwrxDuw/s1600/book-many-lives-many-masters-brian-weiss-review11.jpg" imageanchor="1" style="clear:left; float:left;margin-right:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="320" width="219" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2WFpeKX6xvBvZhX44Abl_Qw-yovu8JmkXpxnCGCwUlaS0G5cKxzUEAk9N8NrydL6Q8_Iv3g7jNmWyjVCVIXBzOZEoBTN9PcT-75daMnA6eMRr26MXIJ3bJYuyAN_YisxPqeMbLwrxDuw/s320/book-many-lives-many-masters-brian-weiss-review11.jpg" /></a></div>
Sabari (a terapeuta) tem me ajudado a refletir sobre pontos muito importantes na minha vida. Seguem aqui alguns.
<b>Acreditar que o universo te da o que você precisa em cada momento.</b> Esta é uma grande lição de aceitação para mim. Cada momento é perfeito tal como ele é. O universo se encarrega de te dar o que você precisa ter.
<b>Todo mundo tem uma lição a aprender na vida.</b> Cada um tem uma lição. Estar no “flow” é “caminhar” na sua lição.
<b>Compaixão: o outro sou eu.</b> Quando eu quebro a percepção de que eu sou “um” e os outros são “outros”, coisas maravilhosas acontecem. Somos todos o mesmo, viemos do mesmo e voltaremos ao mesmo. Compaixão é a consequência de entender e aplicar essa visão. Dar e criar espaço para os outros, entender que todos têm limitações, é estender aquele braço, se manter aberto e receptivo ao outro. Sempre.
<b>Medo e avareza param seu estado de flow.</b> Medo é um apego a forma e a impossibilidade de “deixar fluir”. Querer mais para “ter mais” para “ser mais” também. A solução? Se jogar guiado pela sua intuição, acreditando que o universo te da o que você precisa.
<b>Seguir seus sonhos e paixões.</b> Ir onde a sua alma quer que você vá. Na ausência do medo, fluímos.
<b>Não julgar os outros. </b>O preto só existe porque vemos o branco. Tudo é relativo.
<b>Permanecer triste é uma escolha.</b> Em essência somos todos alegres. Viemos da alegria e para a alegria sempre voltaremos.
<b>Deixe o ego ir embora.</b> Toda identificação com a forma é uma ilusão. No hinduísmo, isso é magnificamente representado por “Brahma” – o Deus que criou o universo. Disse-se que na tríade dos deuses hinduístas, “Brahma” é o menos “evoluído” já que deu forma ao que não tem forma e a ela se prende. Na pratica, estamos preso a forma. Mas devemos cultivar a pratica que tudo vai alem dela.
<b>Seja honesto consigo mesmo. </b>Sabe aquele amigo que te irrita tanto? Talvez seja hora de olhar para si próprio que o motivo dele te irritar também esta em você. Sem honestidade, não tem crescimento.
<b>Abrace suas imperfeições e ame a si próprio.</b> No final do dia, todos queremos “pertencer”, “ser amados”, “compartilhar” e nos “expandir” como indivíduos. Somos imperfeitos e por isso estamos aqui. Para viver e aprender uma lição. O amor deve ser incondicional. Sou perfeito como devo ser. Mas vale lembrar que esse ponto traz grande liberdade, mas também grandes responsabilidades. Como sou do jeito que sou, mas não perco de vista o impacto da minha ação sobre os outros? Talvez compaixão seja a resposta.Ricardo Dutra Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/08464375371368230153noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4189707510077743729.post-34838786398747052682012-04-14T05:05:00.006-03:002012-04-14T05:27:26.631-03:00O caminho a se seguirEsta semana temos feito varias entrevistas na <a href="http://www.unltdindia.org/">Unltd India</a>. Lancamos um processo para selecionar uma pessoa para liderar o <a href="https://www.facebook.com/#!/BombayConnect">Bombay Connect </a>(antes chamado de Bombay HUB). Em geral, buscamos alguem com perfil bastante empreendedor, que tenha tido experiencias empreendendo, entenda de desenvolvimento de produtos, financas e que possa levar o Bombay Connect ao break-even este ano.<br /><br />Fizemos isso no formato de uma competicao e conseguimos quase 30 candidatos! Pessoas com perfis muito diferentes, gente que trabalhou 10 anos com comunicacao em canais de TV ou em fundacoes de responsabilidade social, empreendedores em serie que ja lancaram varias organizacoes em diferentes modelos de negocios sociais e ate um senhor de 80 anos que confundiu o processo - e veio interessado em fazer tratamento de acunpuntura com a gente!<br /><br />Foi uma experiencia bacana. Conversar com estas pessoas incriveis, conhecer suas historias e aprendizados de vida. Principalmente porque neste processo, alem das competencias tecnicas, estavamos muito interessados em conhecer os valores destas pessoas e seu momento de vida, visao de futuro.<br /><br />Termino esta semana refletindo sobre algumas coisas. Como tem tanta gente no mundo que nao faz o que ama, nao e? Parece uma epidemia. E como tem gente que nem faz ideia do que ama. Parte dos empreendedores entrevistados eram pessoas frustradas por terem escolhidos caminhos na vida das quais elas nao tinham pleno orgulho ou paixao. E outra parte eram pessoas incriveis que buscaram criar espacos para seus proprios sonhos e criando estes espacos, permitiram que outras pessoas tambem passassem pelo mesmo caminho.<br /><br />Pessoas que entendem que amar, fazer o que se acredita e seguir intuicao sao caracteristicas naturais em todos nos, mas que nem sempre sao caminhos faceis em uma sociedade que valoriza tantas experiencias inautenticas. Ainda assim, pessoas que entendem que apesar de tudo, nao existe outro caminho a se seguir.Ricardo Dutra Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/08464375371368230153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4189707510077743729.post-47313526256322108452012-03-17T01:36:00.007-03:002012-03-17T01:47:16.922-03:00Uma de minhas paixões<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj25tAER2_WnAFyG7TzyXp69tFDFH7LMjNGSM00-BUqHWt2RGTD-YWC1T0cGQwKcssvx97eGkR43I8Qy9Z-m3KlBTYu34_aS0JfqBdpyDJLeK6kdSytxIlS9maIa4tf-DtLlJSYf1cLy98/s1600/IMG_1651.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj25tAER2_WnAFyG7TzyXp69tFDFH7LMjNGSM00-BUqHWt2RGTD-YWC1T0cGQwKcssvx97eGkR43I8Qy9Z-m3KlBTYu34_aS0JfqBdpyDJLeK6kdSytxIlS9maIa4tf-DtLlJSYf1cLy98/s320/IMG_1651.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5720721572752722322" /></a><br />Essa semana postei um vídeo lindo no facebook chamado <a href="http://www.youtube.com/watch?v=-aPvDMO_4xw">Namaste India</a>. O vídeo me fez delirar nas experiências que tive, que vi e ate as que inventei na India! Que país fantástico, meu Deus! Às vezes – alias, bem freqüentemente – sinto como se estivesse trazendo o mundo que esta dentro de mim para fora. E ao mesmo tempo, não estou. Porque a India também limita.<br /><br />Quantas experiências fantásticas e autenticas e passageiras. E ainda mais belas por serem passageiras. Na India, percebi e vi que nada dura para sempre e ao mesmo tempo, tudo dura para sempre. Encontrei pessoas com uma visão de mundo tão diferente da minha, que aceitar o diferente se tornou natural. A India me ensinou que não precisamos entender para aceitar e deixar “ir”.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNQl120tzMI-n-MhfkW0pf7L_qjWjhZLZ34L364a7XObxHfiRuPUGtJ65nnmik99ODbBZXGxpV1iiUt-e5VHZZ51_5Fg8Y5t1ijwxOLpntvesqal_n25c8Xhd3zutibI2LsL_hlqAlvew/s1600/IMG_1923.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNQl120tzMI-n-MhfkW0pf7L_qjWjhZLZ34L364a7XObxHfiRuPUGtJ65nnmik99ODbBZXGxpV1iiUt-e5VHZZ51_5Fg8Y5t1ijwxOLpntvesqal_n25c8Xhd3zutibI2LsL_hlqAlvew/s320/IMG_1923.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5720721731190790434" /></a><br />Encontrei pessoas tão apaixonadas e em um “mundo” tão autentico e individual. Como a austríaca que morava em um templo dourado – Meca dos Sikhs, em uma cidade na fronteira com o Paquistão. Ela estava morando em um quarto minúsculo dividido com outros turistas que vinham e iam – e ela ficava. Pois estava fazendo uma pesquisa de doutorado sobre “o papel da mulher na religião sikhista”. A paixão que eu vi nos olhos dela foi algo indescritível. <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgno8yktDJqXMgGFob6yQUAzXeKDpA3xItpSHM2iNw5wSNzGVLXIJIY8dkAMSs6x4gwVbiApyIuRv0MzWPlsAVWEJmwn7_tpgU89Y0khk7w-sZAtlBjEb3zSF_LUsfv_XuODBCbG3oRtns/s1600/SDC10749.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgno8yktDJqXMgGFob6yQUAzXeKDpA3xItpSHM2iNw5wSNzGVLXIJIY8dkAMSs6x4gwVbiApyIuRv0MzWPlsAVWEJmwn7_tpgU89Y0khk7w-sZAtlBjEb3zSF_LUsfv_XuODBCbG3oRtns/s320/SDC10749.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5720720844796529602" /></a><br />E as experiências? Às vezes nos deixando de boca aberta, quase sempre aleatórias, às vezes difíceis e sempre engraçadas. Sempre rindo de nos mesmos. Como quando corremos atrás de um trem em Mumbai e acabamos entrando no compartimento do maquinista! E mais, ele deixou a gente dirigir o trem! Dirigir um trem que corta uma cidade de 20 milhões de pessoas com milhares de passageiros! Ou quando o Gustavo parou no caminho da maior celebridade de Bollywood e os seguranças do super ator fizeram questão de tirar o Gustavo do caminho – só vi Gustavo “voando” na minha frente! Hahahaha Ou quando nos perdemos numa floresta nos Himalaias – e acabamos encontrando uma escola tibetana, paramos para pedir informação e surpresa! Era uma escola de ensino médio e naquela noite todas as famílias tibetanas tinham vindo a escola prestigiar apresentações musicais dos filhos. Sentamos, assistimos. Aquele dia me emocionei e chorei. Emocionado por ver uma mistura de culturas do Tibete e da India acontecendo na minha frente – sabendo que eram todas famílias de refugiados da China. E por ver a gratidão deles pela India te-los recebido e ao mesmo tempo, eles também já eram ‘India’. <br /><br />Boca aberta quando via o motorista da TATA me trazendo do trabalho todo dia as 4 da manha depois dos meus expedientes noturnos. E todo dia ele estava la, e todo dia ele dormia no carro. Alucinado de sentar de frente ao Taj Mahal ou aos fortes do Rajastao e imaginar: como tanta beleza e possível?<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm96if0IndiE9RcKjHjlhA2lFUfFt4Gr1eyNYYMrW4U-DTDzCyR3DDWkjAF7ijfFW8Kci3daoigPEjFWOluYU_Lcc8ZMgfjDbK_Vx_0EkzuGlZroF4Ihu9AyDX1Dw1G1WxxLJHtMYyZrQ/s1600/IMG_1086.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm96if0IndiE9RcKjHjlhA2lFUfFt4Gr1eyNYYMrW4U-DTDzCyR3DDWkjAF7ijfFW8Kci3daoigPEjFWOluYU_Lcc8ZMgfjDbK_Vx_0EkzuGlZroF4Ihu9AyDX1Dw1G1WxxLJHtMYyZrQ/s320/IMG_1086.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5720721277706719682" /></a><br />Ah, Namaste India.Ricardo Dutra Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/08464375371368230153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4189707510077743729.post-2580401706648587492012-03-13T14:10:00.006-03:002012-03-13T14:40:06.276-03:00Vontade de fazerEssa semana lendo um artigo no blog da <a href="http://hbr.org/web/slideshows/lifes-work-2011-hbr-interviews-10-fascinating-people/1-slide">Harvard Business Review</a>, publicacao pela qual sou apaixonado, me dei conta de algumas coisas que acredito e tenho tentado diariamente colocar em pratica na minha vida.<br /><br />Por varias vezes, tenho ouvido pessoas falarem de 'forca individual' - essa energia, este poder que sentimos quando queremos fazer algo grande, com significado. E nossa! - quantas pedras pelo caminho! Tenho lido tantos livros e conversado com tantas pessoas sobre este tema. E nao tem outro jeito. A conclusao ja e algo que sempre soube. E talvez como seres humanos, sempre soubemos: e preciso coragem.<br /><br />Gosto da definicao que a <a href="http://www.youtube.com/watch?v=X4Qm9cGRub0">Brene Brown</a> tem para a palavra "coragem", com origem no latim (cor - coracao em latim) - a palavra signifca "falar o que vem a mente na medida em que se conta o que esta no coracao". <br /><br />Podemos procurar respostas no mundo inteiro, ler quantos livros quisermos - mas as respostas - por mais cliche que pareca - nos ja conhecemos. E vamos responder. E vamos responder errado e certo. No final das contas, o caminho tem que ser de grande coragem, grande intuicao e auto-confianca. Auto-respeito e amor. A crenca de que voce tem o direito de pensar como pensa e que por tras de tudo existe uma razao e uma licao a ser aprendida.<br /><br />Questionar a vida e ao mesmo tempo ter a certeza de que voce pode imaginar o mundo. O seu mundo. Da forma como quiser que ele seja.<br /><br />Na materia de <a href="http://hbr.org/web/slideshows/lifes-work-2011-hbr-interviews-10-fascinating-people/5-slide">Harvard</a>, as entrevistas nao poderiam ser mais inspiradoras. Como a admiravel audacia do historico bailarino Mikhail Baryshnikov em dizer que:<br /><br />Para cultivar criativadade, ele "olha o que os outros estao fazendo e teimosamente caminha em direcao oposta".<br /><br />Ou a licao do diretor Francis Ford Coppola sobre seguir a propria intuicao em assumir que "as razoes pelas quais voce e demitido quando e novo sao as mesmas pelas quais voce recebe grandes premios quando envelhece". E que "se seu instinto te diz algo diferente, voce deve tentar uma chance".<br /><br />As pessoas tem grandes experiencias para compartilhar na vida. Grandes licoes. E eu me pergunto - onde estao os espacos para isso acontecer?<br /><br />Onde posso aprender a ser menos egoista? A ser mais autentico? A me amar com forca? A seguir minha intuicao? Grandes mudancas sao preciso.Ricardo Dutra Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/08464375371368230153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4189707510077743729.post-23633392797959692272012-02-19T12:24:00.004-02:002012-02-19T14:33:20.834-02:00Amor próprioAh vulnerabilidade! Quando eu saí do Brasil em dezembro passado, trouxe na minha mala um livro chamado “Os Presentes da Imperfeição”. Na capa, a autora escreveu o seguinte desafio ao leitor:<br /><br /><em>Deixe de ser quem você pensa que deveria ser e abrace quem você é.</em><br /><br />E ainda desafia o leitor a pensar:<br /><br /><em>Tornar-nos donos da nossa historia e ao mesmo tempo nos amar neste processo é a coisa mais corajosa que jamais faremos.</em><br /><br />A leitura foi muito gostosa, entre uma paisagem e outra na África do Sul ou uma pessoa e outra que eu conhecia – fui lendo. Deitado na praia, comendo peixe no restaurante, viajando de carro. Mal sabia eu que a vulnerabilidade maior ainda me esperava – estava mais adiante: quando eu saísse da África e chegasse à Índia. <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJJQ6maSKkR8F5iwS2Q8EnL3nxAOVmYe_mC8Lpq-Ja5SoM-bn734wGE6ahlDOKy2kgBT11-darzHX3FTZfCd0bxr1d5pGKuSXWFmELKA7OO14KxoWNqkU6JqNDIgiIedCJ-5XngQeSqY4/s1600/IMG_2760.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJJQ6maSKkR8F5iwS2Q8EnL3nxAOVmYe_mC8Lpq-Ja5SoM-bn734wGE6ahlDOKy2kgBT11-darzHX3FTZfCd0bxr1d5pGKuSXWFmELKA7OO14KxoWNqkU6JqNDIgiIedCJ-5XngQeSqY4/s320/IMG_2760.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5710883800088153906" /></a><br />Eu sempre fiz o papel de “terapeuta” com muitos amigos. Ouvindo, questionando, dando sugestões. Mas acho que chegou a hora de me encarar no espelho. Bonito isso, né? Tenho percebido nos últimos anos que alguns padrões da minha personalidade sempre se repetem. E alguns deles me dão boas rasteiras.<br /><br />No livro, a autora fala sobre vulnerabilidade e apresenta, por exemplo, a idéia de que o quanto conhecemos e entendemos a nos mesmos é muito importante, mas existe algo que é ainda mais essencial para uma vida equilibrada e completa de coração: amar a si próprio. <br /><br />Essa idéia é muito boa. Pois indica que viver “de coração” envolve tanto “abraçar” nossas vulnerabilidades e desenvolver autoconhecimento quanto também saber “pedir” e “assumir” seu poder. Esta jornada é difícil e envolve um exercício de saber mais como “eu me sinto” e menos “o que o outro pensa”. <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0jSTuIgiTUmlPdK9uZ-vmgtQobGn5rO4Iw6t4VBGyAmXsbdbiKGQe4ZQUh6q7ayKNsWu9nviMTg6LArOu7fKqBB-YH6sGPSAL2J_G3HHfV2cGR5M5-IzsQ_UsEaRb9fak9HbCWBZLAY8/s1600/IMG_2783.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0jSTuIgiTUmlPdK9uZ-vmgtQobGn5rO4Iw6t4VBGyAmXsbdbiKGQe4ZQUh6q7ayKNsWu9nviMTg6LArOu7fKqBB-YH6sGPSAL2J_G3HHfV2cGR5M5-IzsQ_UsEaRb9fak9HbCWBZLAY8/s320/IMG_2783.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5710885369586343730" /></a><br />Traduzo aqui algumas partes do livro como a definição da autora de amor:<br /><br /><em>Cultivo amor quando permito ao meu poderoso e vulnerável “eu” ser profundamente visto e conhecido, e quando honro a conexão espiritual que cresce a partir dessa oferta com respeito, carinho e afeto.<br /><br />O amor não é algo que dou ou recebo; é algo que cultivo e cresce; uma conexão que só pode existir entre duas pessoas quando existe em cada uma delas – só posso amar aos outros quando amo a mim mesmo.<br /><br />Vergonha, culpa, desrespeito, traição e não-afeição danificam as “raízes” das quais o amor cresce. O amor só pode sobreviver esses “machucados” se eles forem reconhecidos, curados e raros.</em><br /><br />E a carta que a autora recebeu de um leitor:<br /><br /><em>Certamente, as pessoas que amamos nos inspiram a ir às alturas do amor e da compaixão – as quais nunca atingiríamos de outras maneiras. Mas para realmente escalar estas “alturas”, freqüentemente precisamos ir às profundezas de quem somos: luz/ sombra, bom/mau, amor/ destruição. E entender nossas próprias questões para amar melhor os outros. Chegamos a amar os outros de maneira muito intensa, talvez mais do que pensamos amar a nos mesmos – mas este amor intenso deve nos servir para chegar às profundezas de nos mesmos de maneira que possamos aprender a ter compaixão consigo próprio. </em><br /><br />Uma <strong>musica</strong> para alegrar seu dia - direto das "paradas" indianas ;)<br /><br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=YR12Z8f1Dh8"><strong>Why this Kolaveri di?</strong></a>Ricardo Dutra Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/08464375371368230153noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4189707510077743729.post-55667393649026777932012-02-05T06:51:00.010-02:002012-02-05T08:19:36.396-02:00Os padrões da índia, as desigualdades e a empatiaRecentemente vi uma foto de uma amiga brasileira em que ela está de frente ao Taj Mahal em Agra, na Índia. Isso me fez lembrar de quando a Índia, para mim, ainda era o "desconhecido". Quando trabalhando na AIESEC, eu via fotos, posters, depoimentos de pessoas que tinham vindo para trabalhar na Índia e imaginava: como será? E a maioria das fotos era de frente ao Taj. E o Taj era o "desconhecido". Eu não conseguia imaginar como ele era. A vida é muito curiosa, não é? Este ciclo de “se inspirar, não poder imaginar, tentar e concretizar” é incrível. Concretizar aquilo que não se pode, a principio, imaginar. Hoje, o Taj é uma memória. Hoje, ele é uma historia. Ele é aquilo que ele foi para mim.<br /> <br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS1SeYJtZVw0YA36WlLvdyTB3kiegzaaEnAUiRgJcNwRM_tdgTOcX1dXA8Gl0DS6qpCpfYZdfsS1awFDiUp3utb6GYR06liv6cSiXZalyp8vgcDq7_dLpKY39ulQY2THvOLWy7ZAjoqyk/s1600/37948_10150095104348916_635213915_7365858_1838622_n.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS1SeYJtZVw0YA36WlLvdyTB3kiegzaaEnAUiRgJcNwRM_tdgTOcX1dXA8Gl0DS6qpCpfYZdfsS1awFDiUp3utb6GYR06liv6cSiXZalyp8vgcDq7_dLpKY39ulQY2THvOLWy7ZAjoqyk/s320/37948_10150095104348916_635213915_7365858_1838622_n.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5705590029648561250" /></a><br />Ontem fui a uma festa aleatória (mais uma vez). Um francês postou no facebook, convidou muita gente e abriu as portas de casa. Sem nem saber o nome dele, lá fomos nós! Ele trabalha como engenheiro em Mumbai e depois de construir o metro de Dubai, mudou-se para cá. O metro de Mumbai é uma grande piada. Já está há anos em construção e tudo que parece fazer é atrapalhar o já caótico transito, levantar poeira e fazer barulho. Passa a impressão de que se você voltar daqui a 20 anos, ainda estará em construção. Mas não é exatamente disso que eu quero falar.<br /><br />Quando as pessoas vêm morar na Índia facilmente se deixam levar ou são arrebatadas pelo caos do país. Tudo parece acontecer de maneira aleatória. Tudo parece surpreendente e imprevisível. Daí resta sair-se com um “é a Índia!” para tentar explicar o que não se entende. Mas morando aqui há quase 2 anos, da para perceber que as coisas não são tão aleatórias e existem sim, padrões que se repetem. Como em qualquer lugar do mundo, a questão é que aqui os padrões são diferentes. As festas “aleatórias” são, por exemplo, um padrão que se repete aqui. Festas em casa (ou em fazendas, em Nova Deli), com muitos estrangeiros, bebidas compartilhadas, Bollywood, indianos “ocidentalizados”, quase ninguém se conhecia antes da festa, todos acham tudo “cool”. <br /><br />Mas ontem, nessa festa aconteceu algo estranho comigo. Aquilo que antes era aleatório virou comum. E me fez pensar outras coisas. Vou desenvolver a idéia. <br /><br />Na organização em que eu trabalho tem um indiano – o Mahesh – que é um dos muitos que moram em favelas urbanas. Só em Mumbai, 50% da cidade são favelas. Mas aqui a favela se mistura com a parte rica. Não se vê riqueza sem olhar para lado e ver a pobreza. Ainda assim, a “riqueza” às vezes parece não ser nem um pouco empática. Em Mumbai, por exemplo, está a mansão mais cara do mundo. Cujo custo está na casa dos bilhões de dólares. Chamada de “<a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Antilia_(building)">Antilia</a>”, foi construída pelo multibilionário Mukesh Ambani. A casa tem 27 andares, nove elevadores, estacionamento para 168 carros, 3 heliportos, um quarto com “neve artificial” e um teatro para 50 pessoas. Alem de salas de yoga, academia, etc. Mas acredito que subindo já no décimo andar da casa, a família pode avistar o Dharavi, a segunda maior favela da Ásia – que foi palco do filme “Quem quer ser um milionário”.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUHVhUTWb7SGUU6khVRgWyDeN-KaE1_vLf-SW4jB-sB7eviHcll1l9pothOsCWiFztD4XKQWgJ-DhWS0ZVSvOrPePIAeZ6tMW7yRGvQp5FqT-AWvvVqydBYr2H_AdjsBTwmvjkNjisGyE/s1600/1287114469-42-25933641-330x500.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 211px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUHVhUTWb7SGUU6khVRgWyDeN-KaE1_vLf-SW4jB-sB7eviHcll1l9pothOsCWiFztD4XKQWgJ-DhWS0ZVSvOrPePIAeZ6tMW7yRGvQp5FqT-AWvvVqydBYr2H_AdjsBTwmvjkNjisGyE/s320/1287114469-42-25933641-330x500.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5705590340042179378" /></a> <em>"Antilia": 27 andares de falta de empatia</em><br /><br />Já o Mahesh, meu colega do trabalho, mora em uma casa de um cômodo com 2 irmãos, pai, mãe, esposa e filho. Isso significa 7 pessoas em um cômodo. Em uma casa que não tem nem banheiro. O que também não é exceção em Mumbai. Se precisar ir ao banheiro, precisa usar o publico compartilhado por parte da favela. Ou usar as linhas do trem. Isso mesmo, as linhas do trem. Mahesh mora do lado de uma estação de trem bem movimentada em Mumbai e passando por la, você facilmente vai ver pessoas fazendo necessidades na linha do trem. Saneamento é uma questão urgente na Índia. E mais, é uma questão de dignidade.<br /><br />Na festa do francês (ontem), reparei que o Mahesh entrou no clima “filosofando”. Sabe quando a pessoa fica meio melancólica, pensativa? Talvez isso seja porque o francês mora em um apartamento em que, só o aluguel já é o que toda a família do Mahesh ganha em um ano. Um apartamento enorme para apenas uma pessoa morar – algo que, para mim, beira o absurdo em uma cidade como Mumbai. Aqui o espaço físico é um dos maiores luxos. São 20 milhões de pessoas morando em uma ilha abarrotada. Não cabe mais ninguém, não se vê mais casas – apenas prédios. Apesar da pobreza evidente, o real state em Mumbai é um dos mais caros do mundo.<br /><br />Mahesh comentou comigo que “estar nessa festa, para ele, era uma grande coisa”. E eu consigo imaginar o porquê: quando ele conta a historia da família dele. Avos que vieram de zonas rurais da Índia trazidos para Mumbai para trabalhar limpando as ruas. Algo que no passado, era reservado aqueles da casta mais baixa – os dallits. Mahesh se envolveu cedo com o mundo “ilegal”, freqüentou comunidades de religiões diferentes, se envolveu com imigrantes do Afeganistão em Mumbai. Ate o dia em que decidiu buscar um emprego melhor antes que fosse tarde demais e ele perdesse a vida, em um crime encomendado. <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJsQl7o4I2AZrkIttej90geCpWrZQ2LnDAYmMhTiePVTaCZEaQRtKtZmxUpcvLMCYIiPON_HNpc6Mu9sZl2ANFaBkSI6-7B4XtuZPNq1o2GGR7RgEUO6iW6ZkZKUwK00uqMUdI9_wFW9o/s1600/mpryor-8656%252520-cropped.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 110px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJsQl7o4I2AZrkIttej90geCpWrZQ2LnDAYmMhTiePVTaCZEaQRtKtZmxUpcvLMCYIiPON_HNpc6Mu9sZl2ANFaBkSI6-7B4XtuZPNq1o2GGR7RgEUO6iW6ZkZKUwK00uqMUdI9_wFW9o/s320/mpryor-8656%252520-cropped.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5705591663328696130" /></a> <em>Equipe da Unltd India: captando recursos para investir em negocios que melhoram a qualidade de vida em Mumbai. (Mahesh em verde;) </em><br /><br />Com mais alguns drinks na festa, eu ja estava quase convencendo o frances e mudar para uma casa menor, confortavel e investir os 2 mil dolares mensais do aluguel em negocios sociais, apoiados pela <a href="http://www.unltdindia.org/">Unltd India </a>- organizacao em que trabalho.<br /><br />Todo mundo vai morrer um dia. Talvez essa verdade seja a base para buscarmos ser mais empaticos. Por que, então, não fazer a vida dos outros mais fácil? Isso é dignidade e respeito com o outro e também consigo mesmo.Ricardo Dutra Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/08464375371368230153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4189707510077743729.post-92203966251855654452012-01-26T07:58:00.008-02:002012-01-26T08:33:20.886-02:00PessoasAh, pessoas! Eu sempre me surpreendo e fico emotivo quando penso em quanto estar conectado, conhecer pessoas e compartilhar podem nos inspirar tanto. Eu gosto tanto de "pessoas", de seus problemas, dramas, sentidos, descobertas - gosto tanto que chego a gostar ate de mim mesmo. Devia ter sido psicologo. E muitos que me conhecem dizem que deveria mesmo.<br /><br />Ah, India. Voce nao cansa de me surpreender, nao e? Quantas pessoas loucas, fantasticas, inspiradoras, dificeis e diferentes ja passaram por mim. Um amigo me disse uma vez que cada pais do mundo recebe um tipo de "pessoa" diferente, tipico daquele lugar. A India abriga cada figura.<br /><br />Para mim, o melhor de viajar e conhecer pessoas novas. Pessoas que fazem sua mente expandir, abrir e se inspirar para a ideia de que tudo e possivel neste mundo e que, sim, existe um fio que conecta tudo - pessoas, lugares, experiencias. Para consoladora e fantastica ideia de que tudo passa, tudo de bom e de ruim.<br /><br />Nessa semana, entre dramas de ansiedade, um workshop de "como contar historias" com uma pessoa que "ama contar historias" - ama tanto, que vive o que ama e uma "festa de inauguracao" no meu apartamento em que apareceram 40 pessoas aleatorias, e para ficar mais aleatorio ainda, todos (juntos!) nos mudamos para festa na casa de um espanhol, que ja tinha convidado mais de 100 pessoas. Alguem ai conhece o espanhol? Chegando la encontramos gente de embaixada, consulados, gringos do mundo inteiro, indianos. As 4h da manha, para la de cansado, dormi na cama de um dos quartos. Alguem ai conhece o dono da cama? <br /><br />Antes disso, aleatoriamente apresentei minha amiga Tanvi (fantastica pessoa, fantastica organizacao - que trabalha captando recursos para <a href="http://www.milaap.org/">milaap </a>- uma plataforma online que permite pessoas do mundo todo fazerem emprestimos a taxa de interesse baixa para projetos de desenvolvimento na India) para umas 10 pessoas diferentes (que eu nao conhecia!) da festa. Chegavamos, conversavamos agrandando a pessoa, descobriamos onde ela trabalhava, o que fazia, em que redes estava conectada e apresentava a ideia da <a href="http://www.milaap.org/">milaap</a>. Isso tudo com uma festa barulhenta de 140 pessoas em um apartamento. Uma festa publicada no facebook. Os donos da casa publicaram, abriram as portas e confiaram que viriam pessoas de bem. E vieram. Pessoas. Ah, pessoas.Ricardo Dutra Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/08464375371368230153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4189707510077743729.post-32967139224735869362012-01-16T13:18:00.002-02:002012-01-16T13:26:51.234-02:00Gente nova ;)A primeira semana de trabalho foi para lá de intensa. Conheci muita gente nova, o que me fez - em vários momentos – refletir sobre a minha vida ;) Vim trabalhar com uma incubadora de inovação social: empreendedores que por meio de diferentes modelos de negócios acabam por gerar impacto social. E varias vezes – já nesta primeira semana – fui “convidado” a sair da minha caixinha. “Zona de conforto” é algo que cada vez menos escuto falar. Sabe aquela sensação de você ser “empurrado” contra seus limites e sentir que você precisa crescer? Pois é, virou uma sensação de rotina na Índia. <br /><br />Os problemas de registro legal na policia, achar casa, fazer amizades,...parecem “coisa pouca” perto dos outros desafios que surgiram. Primeiro uma lição de contexto: às vezes me assusto com a idéia de que “pedi demissão do meu emprego formal em SP, estou na Índia, vim trabalhar nessa megalópole de 20 milhões de pessoas, 50% de favelas em um novo conceito de ‘rede’ que diz que haverá uma transformação nas formas de trabalho – ou seja, estamos saindo de um padrão fechado de hierarquias corporativas para redes colaborativas – em que os relacionamentos e o impacto do nosso trabalho valem tanto quanto o dinheiro gerado”. Uma viagem? Talvez, mas certamente baseado em uma teoria muito forte e que, sim, eu acredito ser verdadeira.<br /><br />Durante essa semana tive a oportunidade de conhecer muita gente. O que eu valorizo profundamente e ao mesmo tempo me coloca a pensar: “então, o que faço agora de toda essa rede?”. Daí, surgem as angustias. O espaço em que eu trabalho – O <a href="http://the-hub.net/">HUB</a> de Mumbai – realiza muitas eventos como forma de networking entre empreendedores, de divulgação do espaço, trazer gente nova. Somado a isso, todo esse setor - empreendedores sociais, fundações, consultores, universidades de Mumbai que já se conhecem “entre eles” – são novos para mim. A Índia recebe muita atuação estrangeira de fundações, conta com um numero absurdo de ONGs, algumas grandes referencias de negócios sociais e poucas incubadoras de empreendimentos – encontrei muitas dessas pessoas nesta semana. <br /><br />Na ultima segunda-feira, o HUB Mumbai abriu as portas para externos com vários eventos voltados a gestão de negócios sociais. Conheci a americana responsável pelas operações da <a href="http://www.acumenfund.org/ten/">Acumen Fund </a>na Índia – sabe aquele “dream job”? Eles fizeram um workshop no HUB sobre as operações e os investimentos feitos pela Acumen no mundo e trouxeram estudantes de MBAs de faculdades americanas. Também encontrei um engenheiro que acabou de passar por um câncer e deseja iniciar um projeto voltado a conscientização de câncer – algo inédito na Índia. Mulheres que trabalham com homens para reforçar o papel feminino na sociedade indiana. Reencontrei pessoas que passaram pelo time global da AIESEC e agora estão em organizações como o HUB company e incubadoras de empreendedorismo na Índia. Um encontro marcante foi também o que tive com minha nova chefe. De fato, uma pessoa inspiradora. Aquele tipo de pessoa que te “empurra” para ser melhor, que te tira da zona de conforto a cada interação. Algo que, às vezes, se revela desagradável – mas que, no fim das contas, sou grato por saber reconhecer o valor.<br /><br />E como isso tem feito sentido para mim. Aliás, como faz sentido ter um trabalho que faz sentido. Nada é fácil na vida e muitas vezes estamos “presos” em contextos muito maiores do que nós. O que já me fez refletir que o sucesso assim como o fracasso são apenas acidentes de percurso. Pensar em visões maiores do que nosso próprio ego talvez seja um dos maiores desafios de ser humano. Significa que se tudo der certo ou errado, você ainda é maior do que aquilo. E algo maior do que você busca seu próprio sentido. Significa reconhecer o quanto somos inocentes, ter auto-respeito, compaixão e muita paciência consigo, e com os outros. Significa se lembrar de que no fundo sabemos o que deve ser feito e questionar: por que então não fazemos? Significa a cada dia, olhar para aquilo que faz sentido, para a razão de estar onde estamos e nos relembrar, assim como faz o padre na missa, da atitude correta que devemos tomar.Ricardo Dutra Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/08464375371368230153noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4189707510077743729.post-56504886155588558812012-01-06T08:04:00.005-02:002012-01-06T08:15:52.473-02:00MumbaiSou grato pelo feijão! Só Deus sabe quanto tempo eu levei para descobrir que havia feijão na Índia! Não adianta dizer que era só ir olhar no supermercado. Aliás, só Deus sabe quanto tempo demorei a descobrir um supermercado por aqui. Essa é a Índia. Esta tem sido a minha Índia. <br /><br />Lembro de poucos meses atrás quando andava na altura do Shopping Eldorado, na Av. Rebouças em São Paulo, depois de um café com uma “empresária” do setor social brasileiro – se é que posso apresentá-la assim – refletindo sobre o que ela me falou: que “eu deveria buscar uma experiência mais empreendedora”. Ela trabalhava para a Ashoka (organização que “fundou” o termo “empreendedorismo social”) e cuidava do relacionamento da Ashoka com uma grande consultoria empresarial. Coisa bacana. Alto nível. E putz! Será que eu não era empreendedor?<br /><br />Enfim, andando pela rua imaginei voltar à Índia e trabalhar para a Unltd – uma organização que incuba empreendedores sociais, dando a eles investimento financeiro, suporte em gestão e um espaço de “inovação social” – o HUB. Quando conheci o trabalho deles em 2010, imaginei:<br /><br />- Que idéia massa eles tem! E seria massa se eu fizesse parte disso!<br /><br />Sabe aqueles pensamentos deste tipo: “opa, vamos lá!”? Bem, muito cuidado com estes pensamentos. Em caso de repetição, podem acabar se tornando realidade. Veja o exemplo do meu caso: poucos meses depois e onde estou? Na varanda do meu novo apartamento no coração (coração porque está justamente no meio) de Mumbai ou Bombaim, na Índia. Chegar até aqui parece simples, não é? Mas juro que não foi. Pelo menos não senti ter sido.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCkei9D8bcO2cm125x8moGm6ypTNHNHlapzLY6o26qP8Oz5kdJa5DpzeJhRwO-5wLNeGllryoc2KQXIhlu2ZdYAeWgrYM-hqQhBw0ILTDZYv5xLl4nBMODSHLfZ_sCB5ATnSQudG1ntAY/s1600/IMG_4392.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCkei9D8bcO2cm125x8moGm6ypTNHNHlapzLY6o26qP8Oz5kdJa5DpzeJhRwO-5wLNeGllryoc2KQXIhlu2ZdYAeWgrYM-hqQhBw0ILTDZYv5xLl4nBMODSHLfZ_sCB5ATnSQudG1ntAY/s320/IMG_4392.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5694459079409854258" /></a><em>Luzes nas "estrelas" da nova varanda: esperanca e companhia noturna</em><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8KP11WAxZml-cd_Nx8SM0b57RWhyphenhyphenMP85UXfX8Zh2hMHRGHsk9Xb4qZ_1lUQUPZPUnHVkR8ZJud9nQAcUeFYBML9AFOz84JvrRJI4pxWr53vYKWRhy-m6GZOpfMXSpy7HuAxcvtDWT7WI/s1600/IMG_4396.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8KP11WAxZml-cd_Nx8SM0b57RWhyphenhyphenMP85UXfX8Zh2hMHRGHsk9Xb4qZ_1lUQUPZPUnHVkR8ZJud9nQAcUeFYBML9AFOz84JvrRJI4pxWr53vYKWRhy-m6GZOpfMXSpy7HuAxcvtDWT7WI/s320/IMG_4396.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5694459525445066722" /></a><em>Varanda durante o dia: nevoa e criancas jogando criquete</em><br /><br />O trabalho da Unltd é irado! Uma semana por aqui e minha impressão não mudou – aliás, melhorou! De primeira vista, encontrei pessoas muito engajadas, conectadas com o propósito e bem preparadas – centradas, pés no chão e mãos na massa. Em poucos anos, conseguiram captar bastante dinheiro e estão investindo e aprendendo a investir em empreendedores que operam negócios sociais em uma realidade tão complexa como a Índia – em que os meios de comunicação, os canais de venda, as razoes de compra: tudo parece ser questionado.<br /><br />Faz apenas uma semana que cheguei – e não me sinto mais “empolgado” para falar das diferenças culturais na Índia – afinal, esta é a terceira vez que volto aqui! Mas sim, as mulheres continuam de sáris, os trens abarrotados, a poeira cobrindo a cidade, os casamentos arranjados,... Isto tudo de pano de fundo. Porque meu olhar mudou o foco. Quero aprender sobre este setor social e sobre pessoas que, apesar de muitas dificuldades, vem iniciando seu próprio negocio em um contexto tão complexo. <br /><br />Todo dia preciso me lembrar dessa visão, desse desejo – que “moveu” meus dias e meses em São Paulo. Porque amigo, não é fácil. A sujeira tem me incomodado. Sabe o que é uma nevoa branca cobrir a cidade e às 8h da manha, você mal conseguir ver o prédio do vizinho? E daí, não falo nem só sobre “ver”, falo de “respirar” mesmo. Sabe o que é ficar em uma casa de amigos estrangeiros em que tem “baratas dentro da geladeira” e eles falarem “ já to acostumado, é a Índia!” Sabe o que é você procurar um apartamento e todos os prédios parecerem que “uma bomba caiu bem em cima”? Daí você pergunta: Jesus, ninguém reforma casa nesse país? Sabe o que é você precisar de 474890549038 documentos para se registrar perante a burocracia do governo indiano? <br /><br />Enfim, fácil não vou dizer que é. <br /><br />Consegui uma casa – depois de certo indevido sufoco. Estou dividindo apartamento com uma americana de origem indiana (significa: nascida nos EUA, de pais indianos). Este “grupo” de indianos “nascidos no exterior” merece um capitulo a parte nesse blog! Por agora vou focar no apartamento, que para lá de sujo tem tirado minhas noites depois do trabalho a: pintar janela, lavar o chão da casa, jogar baldes e baldes de lixo fora, e ainda – cuidar de um gato! Que também merece um capitulo a parte. Por agora, vale dizer que é um gato preguiçoso, que não sabe se virar, mia a noite toda e que a dona (minha colega de apartamento) não cuida. Então, eu - no meu ódio - sou capaz de jogar um balde de água gelada nele e logo em seguida, sentir compaixão depois de vê-lo sem comer nada pelo dia todo.<br /><br />Enfim, achar feijão não é fácil.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaORAzAYJytR_kpCcQuiVng-61ArkpHU3V9xdSIRI5K4rDGv6L8k2MX0a6ZW9-u8FxdrptUwIDgl0DY0CoOyaZY-G3eAN82D-Zc-YV9d_OLx6Rck24sHGa3pTX7zSTPzNomdZHzfK26wU/s1600/167543_495212493574_211249518574_6268622_5279849_n.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaORAzAYJytR_kpCcQuiVng-61ArkpHU3V9xdSIRI5K4rDGv6L8k2MX0a6ZW9-u8FxdrptUwIDgl0DY0CoOyaZY-G3eAN82D-Zc-YV9d_OLx6Rck24sHGa3pTX7zSTPzNomdZHzfK26wU/s320/167543_495212493574_211249518574_6268622_5279849_n.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5694459760777674082" /></a> <em>Livros no HUB Mumbai</em><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9hSd3OzhKsQEapUhZ-gTt9IILmKVaYAO-PmLtr8rN8sU6yVBA9AudJ0MXpfnSUKRsMRKWhWANPTy_umHjBtUZt9GC8ChI-1cUI8mKtgG2xKGMmC2SY5cJcQsn0djlLld2J2ML3Pb3hPY/s1600/167715_495212903574_211249518574_6268639_93025_n.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9hSd3OzhKsQEapUhZ-gTt9IILmKVaYAO-PmLtr8rN8sU6yVBA9AudJ0MXpfnSUKRsMRKWhWANPTy_umHjBtUZt9GC8ChI-1cUI8mKtgG2xKGMmC2SY5cJcQsn0djlLld2J2ML3Pb3hPY/s320/167715_495212903574_211249518574_6268639_93025_n.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5694460335462262418" /></a> <em>Sala de reunioes</em><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqJ9xivnWp7UggxxS0EqXPkdM83EKbuxVw2npMHi6zgILwHusZGy6DH3U5RAEyPVrzTXcsOmrLMk5NdlgG6I-q6UgYDAh7RFEuDzUHpc0RDxjZTKWJ6eAmj58i362DsWmli6GLnecV4zU/s1600/180667_495213288574_211249518574_6268652_5245989_n.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqJ9xivnWp7UggxxS0EqXPkdM83EKbuxVw2npMHi6zgILwHusZGy6DH3U5RAEyPVrzTXcsOmrLMk5NdlgG6I-q6UgYDAh7RFEuDzUHpc0RDxjZTKWJ6eAmj58i362DsWmli6GLnecV4zU/s320/180667_495213288574_211249518574_6268652_5245989_n.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5694460507462976034" /></a> <em>jardim organico</em>Ricardo Dutra Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/08464375371368230153noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4189707510077743729.post-57444682354234597482011-12-29T10:46:00.012-02:002011-12-29T11:14:57.964-02:00Out of AfricaUm exercício de gratidão: sou grato a África do Sul. Obrigado. Você me surpreendeu muito positivamente. Decidi tirar férias – algo que não sei bem fazer. E já que estaria de volta a Índia – saindo do Brasil, a África estava no meio. <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaoE4SNy4dGk_9YucVVAq8uJ1_MxPzZhzm-qeOe-BhZCBA1u5AjYRUauraPqrm05F-Ihcaom5sUtZIdCZHev24IXWkyALlL9suvfrmXrI1qQ_Bg9DgPhRjOwvv74cQOO5-edNZ7rgGhfE/s1600/IMG_4014.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaoE4SNy4dGk_9YucVVAq8uJ1_MxPzZhzm-qeOe-BhZCBA1u5AjYRUauraPqrm05F-Ihcaom5sUtZIdCZHev24IXWkyALlL9suvfrmXrI1qQ_Bg9DgPhRjOwvv74cQOO5-edNZ7rgGhfE/s320/IMG_4014.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5691531294089705218" /></a><br />Passei 15 dias entre viagens pela península do Cabo e nos estados do norte. Sabia pouco sobre a África do Sul e tenho a impressão de que continuo sabendo (pouco, quero dizer). Queria entender melhor o sistema do apartheid. Entendi menos do que esperava. Talvez não fosse mesmo para entender. Ou talvez seja um convite à volta. <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9YbAYtQ-TfjTDCaA4XvP6kbO5mGlBqBMMhqtwHEgMGHJG8vzZgLujEGfIABLSlEXCYRhHD0thZYwRTO4wIC3zafV5Tfm51DcqGh2Spe6RxWfxRwEIJW_TmRc3-bp-HvypwB7LFN1puXA/s1600/IMG_4183.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9YbAYtQ-TfjTDCaA4XvP6kbO5mGlBqBMMhqtwHEgMGHJG8vzZgLujEGfIABLSlEXCYRhHD0thZYwRTO4wIC3zafV5Tfm51DcqGh2Spe6RxWfxRwEIJW_TmRc3-bp-HvypwB7LFN1puXA/s320/IMG_4183.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5691531970761750146" /></a><br />A Cidade do Cabo e as suas vizinhas na Península são maravilhosas. Faltam palavras para descrever tanta beleza. Casas bonitas, cidades bem organizadas, mar de azul límpido, penhascos “caindo” no mar e gente bonita. Aliás, muita gente bonita. <br /><br />Usei o sistema de “couchsurfing” – uma plataforma online em que você busca e oferece “um sofá” para viajantes e com isso tem a oportunidade de fazer novos amigos, mostrar sua cidade e sua cultura. Em resumo: não paguei nada com acomodação, fui super bem recebido e conheci muita gente bacana.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCYNmQ9ca6eziaL6gDiCt9mojS6SPIc5BxS-rbdWIn58guF2Bcuvv3DgjLZ21-3neWmoMZDqhpGfF_2rqhDpiktqV8-zvYA6PVo3IFX0whZpDhkmo5vvWXnmmpSSO_ALxrBsjK4fmO8WA/s1600/IMG_4070.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCYNmQ9ca6eziaL6gDiCt9mojS6SPIc5BxS-rbdWIn58guF2Bcuvv3DgjLZ21-3neWmoMZDqhpGfF_2rqhDpiktqV8-zvYA6PVo3IFX0whZpDhkmo5vvWXnmmpSSO_ALxrBsjK4fmO8WA/s320/IMG_4070.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5691533363214893330" /></a> <em>Camps Bay: umas das praias mais bonitas que ja conheci</em><br /><br />Meus anfitriões foram, por sinal, pessoas muito interessantes. Por exemplo, um casal formado por um quarentão americano e uma jovem austríaca – que sem trabalho, sem família e com um filho, se mudaram para a África. O marido planeja organizar um pacote para levar turistas de bicicleta da Cidade do Cabo ate o Cairo (ou seja, cruzando o continente africano). Mas por enquanto só planeja, e bebe, e fuma. Nos jantares “em família”, estava me sentindo como na gravação do próximo “big hit” do cinema de drama americano. E a impressão era de que os dois iam ganhar o Oscar.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0xr5LsuSJt1W6K6_tNSHpQxzbYjND_cXW9MSiYSLkYBIS-Bc96LlPX_9JwhdeMFAxnGWoXEnKsnxcSDAoU1gnj3kzgVg31Q-f6nxyJm4f7DKxq3peZfxyGFOhn4kQSUS0wmu3FBi8vEc/s1600/IMG_4220.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0xr5LsuSJt1W6K6_tNSHpQxzbYjND_cXW9MSiYSLkYBIS-Bc96LlPX_9JwhdeMFAxnGWoXEnKsnxcSDAoU1gnj3kzgVg31Q-f6nxyJm4f7DKxq3peZfxyGFOhn4kQSUS0wmu3FBi8vEc/s320/IMG_4220.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5691534423565966354" /></a> <em>Pizza de abacate com bacon e vinho na mesa: casa do Marteen (este nao e o quarentao de quem eu falava =)</em><br /><br />Outro anfitrião era um alemão que comprou uma casa na África em 2004 e fez um pequeno “hotel” em que recebe no máximo três hospedes por vez. Ele desenvolveu um espaço em que o hospede pode (alem de surfar na praia paradisíaca) aprender sobre arte e obras de arte. Interessante? Bastante. Mas parece que não está dando dinheiro. E daí meu breve “mergulho” na personalidade dele, para encontrar uma pessoa fascinante, ainda que incomodada pelo “difícil” passado na Alemanha e pelos “sul-africanos” do presente – que “fazem obras de arte baratas e são falsos”.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgt1s5Lb5qliUNC0l4JIO2IX8DF1W3prq1WRcjgY1TyOlso7y1OC6Q9MoPSJA9iQWaRhOapLTlaP5H3eAQMV6QxG-uopf7pH4heAR6PzIgyIkUJzj9qcmzWweaWemyDowJPzjFu-0dxUNc/s1600/IMG_3836.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgt1s5Lb5qliUNC0l4JIO2IX8DF1W3prq1WRcjgY1TyOlso7y1OC6Q9MoPSJA9iQWaRhOapLTlaP5H3eAQMV6QxG-uopf7pH4heAR6PzIgyIkUJzj9qcmzWweaWemyDowJPzjFu-0dxUNc/s320/IMG_3836.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5691537069038986050" /></a><em> Arte na casa do alemao Andre Pilz</em><br /><br />Encontrar pessoas foi um grande prazer porque sou da crença de que o mundo tem muita gente interessante. E que damos uma chance a nós mesmos quando abrimos o coração e os ouvidos para pessoas novas no caminho.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPq036L9Q9e7LQXNfzML4njtiRWIL1naSAJ8zmFCn-fl9zR5BPO8p4czy34mjEQj9n6cvjWdaA_NslPwqyTvuc1BY6IWJQ37xyyYBurrWM4aDu5XpFDLnMd-dFzFpXHJUdixrB1NcmBzY/s1600/IMG_3831.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPq036L9Q9e7LQXNfzML4njtiRWIL1naSAJ8zmFCn-fl9zR5BPO8p4czy34mjEQj9n6cvjWdaA_NslPwqyTvuc1BY6IWJQ37xyyYBurrWM4aDu5XpFDLnMd-dFzFpXHJUdixrB1NcmBzY/s320/IMG_3831.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5691537915114523362" /></a><em>Almoco com empreendedores do <a href="http://www.capetown.the-hub.net/public/">The HUB</a> da Cidade do Cabo</em><br /><br />Também radicalizei nos esportes. Mergulhei com tubarões brancos de mais de 2 metros. A mistura de medo e o balanço do barco me fizeram vomitar nada menos que 4 vezes. Eles te colocam em uma grade fechada com roupa de mergulho e afundam a grade ¾ no mar. Antes, você assina um termo que diz basicamente “que se qualquer coisa de mal acontecer, a responsabilidade é sua”. Uma vez no mar, joga-se sangue na água e espera-se. Quando os tubarões se aproximam, a galera pula na grade e ao grito do guia “Shark on your left”, submergem. E que frio na barriga. Entre as regras:<br /><br />1 – Não pode segurar nas barras da grade. Detalhe: o mar te chacoalha e pés e mãos saem involuntariamente da grade (pelo menos no meu caso ;)<br />2 – Deve-se segurar numa barra amarela DENTRO da grade. E ao aviso da chegada do tubarão, prender os pés no fundo da grade (que por sinal, eu não conseguia alcançar!).<br />3 – A água é um “gelo derretido”.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3tWS-TrtnlAtHBYuHQFlHrVu1G8ioPj0c7pmHccR6Kc6cQTLvcKtLkJrw2MnqBTvVltaNGIrjE9gI1ev3rhkwl7O9Gh__nJHeDnGZkexF76oSL76Xif6Ro5yh5FhptjUSOgPgqDSMqQs/s1600/IMG_3965.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3tWS-TrtnlAtHBYuHQFlHrVu1G8ioPj0c7pmHccR6Kc6cQTLvcKtLkJrw2MnqBTvVltaNGIrjE9gI1ev3rhkwl7O9Gh__nJHeDnGZkexF76oSL76Xif6Ro5yh5FhptjUSOgPgqDSMqQs/s320/IMG_3965.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5691532450172365090" /></a><br />No meu ataque de ansiedade, percebi que (já dentro da grade) não tinha colocado as botas de mergulho e meus pés (livres, leves e soltos) não paravam de flutuar para fora da grade. O medo do tubarão do nada aparecer e levar meu pé me fez prestar atenção a cada detalhe – do meu dedinho ao meu fio de cabelo. E no final, que lindo o tubarão é. Foi um prazer conhecê-lo. <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQV40eTpiYe1c9x9k1_A_uJgook9nAZTflElMljmeKfseQGSGyrORQdKtAdolrz2j6YFXqL9y-oFT5emCliT8ZaDJ5HWmmLWhm1EDAWIdX_LRzsE06s6GC_zZx0uP1w1OBjvP_cH7Go8o/s1600/IMG_4108.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQV40eTpiYe1c9x9k1_A_uJgook9nAZTflElMljmeKfseQGSGyrORQdKtAdolrz2j6YFXqL9y-oFT5emCliT8ZaDJ5HWmmLWhm1EDAWIdX_LRzsE06s6GC_zZx0uP1w1OBjvP_cH7Go8o/s320/IMG_4108.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5691535892090353298" /></a> <em>Cabo da Boa Esperanca </em><br /><br />Depois de dias nas praias paradisíacas do Cabo, escaladas em montanhas, nadar com focas, tomar sol em uma praia com pingüins, visitar o belíssimo Cabo da Boa Esperança – voltei a Johanesburgo. Que cidade feia. Parece muito com São Paulo. Agora, acho que entendo a impressão que os gringos têm de São Paulo quando chegam pela primeira vez. Em Johanesburgo, pouco se faz já que “todo mundo diz” que “tudo é perigoso”. Eu acabei acreditando. <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEik-BfmZCLrf2IxSiTonv5yHj-icytZjKGzGa2BlMXcqQbH6c6W0FzAH-fTyXEl11yTvNHF4tuRMJZGZC_fvxa7TUycKmy2BRzzrbIWr7T4zWY_h3akPdMk2hUwuCjKClvkT20Ain62cHw/s1600/IMG_4361.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEik-BfmZCLrf2IxSiTonv5yHj-icytZjKGzGa2BlMXcqQbH6c6W0FzAH-fTyXEl11yTvNHF4tuRMJZGZC_fvxa7TUycKmy2BRzzrbIWr7T4zWY_h3akPdMk2hUwuCjKClvkT20Ain62cHw/s320/IMG_4361.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5691532992684769314" /></a><br />Mas com Joubert, meu “host” – fizemos bastante coisa: entre acariciar tigres e leões e ver a briga de onças pintadas numa reserva a passar uma tarde super agradável em Pretoria e um fim de tarde (melhor ainda) nas margens de um rio no Free State. Ate a um churrasco em uma mansão, eu fui. Eu, que nem sabia o que era uma mansão. Agora sei. Sei que tem gente que tem lagos artificiais com patos (estes, de verdade), cujo chão da casa aquece sozinho no inverno e o chuveiro parece ter mais botões que meu computador. <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRPaQMHz8JYXkx9miLcqItTez_KMlhoM0Fu2Dn2MMFEaMEyik92u0adtOrqgOg9BdzaHgboyCGMLFtQ6bV7dsAxwJ1t2caeQVElv2SWUAc7asoCLhayJXTApFrLyghDEebBtkyOAUnPb4/s1600/IMG_4274.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRPaQMHz8JYXkx9miLcqItTez_KMlhoM0Fu2Dn2MMFEaMEyik92u0adtOrqgOg9BdzaHgboyCGMLFtQ6bV7dsAxwJ1t2caeQVElv2SWUAc7asoCLhayJXTApFrLyghDEebBtkyOAUnPb4/s320/IMG_4274.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5691533668587146194" /></a> <em>Merry Christmas: Natal com a familia do joubert: o melhor presente que eu poderia ter recebido</em><br /><br />Tem gente de todo o tipo neste mundo. Foi um prazer conhecê-las. <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLEP_Mq9LuM_-EX-26q4HwoNBqcGV8hvLnuCjHQTL-BZjTmObmnX8REoPF79VPnKn4F3UGVEK2cQ-N6BqzfFOWuF0kdYQcLsDcTozrLeYfbXaG4GmYJ7relVI9qR9NWdRgEi9ZzkhWP88/s1600/IMG_4282.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLEP_Mq9LuM_-EX-26q4HwoNBqcGV8hvLnuCjHQTL-BZjTmObmnX8REoPF79VPnKn4F3UGVEK2cQ-N6BqzfFOWuF0kdYQcLsDcTozrLeYfbXaG4GmYJ7relVI9qR9NWdRgEi9ZzkhWP88/s320/IMG_4282.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5691534814109072594" /></a> <em>Natal com a familia do joubert: mesa farta! E ate a vovo fomos buscar.</em>Ricardo Dutra Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/08464375371368230153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4189707510077743729.post-7798558227433909402011-12-08T00:15:00.002-02:002011-12-08T12:57:31.218-02:00Os 10 mandamentosNão se engane. Orgulho e medo são perdas de tempo. Comece por onde você tiver uma chance. O sucesso é um acidente de percurso. O futuro não existe, trata-se de uma projeção de nossa mente esperta. Tenha coragem. Sustente-se. Seja paciente e gentil consigo mesmo, porque no final do dia, só podemos ter compaixão pelos outros se antes tivermos por nós. A eternidade está neste instante.Tente.Ricardo Dutra Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/08464375371368230153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4189707510077743729.post-45638251844663793712011-12-05T22:36:00.005-02:002011-12-05T22:54:22.016-02:00Ai se eu te pegoSabe aquela situação em que você se imagina feliz e agradável por fazer alguma coisa? Não, na verdade você ainda não está fazendo nada – por enquanto, apenas imaginando. <br /><br />Vivendo no Brasil, é de se imaginar que alguém goste de futebol, samba, praia, forró,... É melhor parar por aqui! Nunca fui muito fã dessas coisas (com exceção da praia que, em um acesso de nostalgia, passei a amar nos últimos anos) e até ai, tudo bem. Mas quero dar mesmo é o exemplo do forró.<br /><br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=hcm55lU9knw">Ai se eu te pego!</a><br /><br />Fico imaginando como devem ser legais as noites de samba e forró, a galera se divertindo. Falo do charme dos bares como os da Vila Madalena em São Paulo ou um fim de tarde num galpão de samba no Rio de Janeiro, depois de passar um dia surfando e conversando a toa com a galera da praia, em Ipanema.<br /><br />Acontece que eu não sambo, não danço forró, nunca subi em uma prancha de surfe e muito menos sou desses que costumam entardecer “fazendo amizades” na praia. Mas que seria legal, seria! Ou não seria? Talvez já é. Ai, como eu daria tudo para ser um desses!<br /><br />Mas passa rápido, daqui a pouco eu esqueço. <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0BYsrD_ZXLC1WdhKS2vyBz3vFjmxjS-DyKI7OlyT6LVqGaL1C04uC0RiB6xZq0iiuYjtSMuaSs22ZubDcizWVYey8xtdSqLnbfYDIdKcrWHNyujGOeJaUgSGZZnGmzXzS7SxicDkk6HA/s1600/curtindo-verao-na-praia_5343_1024x768.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0BYsrD_ZXLC1WdhKS2vyBz3vFjmxjS-DyKI7OlyT6LVqGaL1C04uC0RiB6xZq0iiuYjtSMuaSs22ZubDcizWVYey8xtdSqLnbfYDIdKcrWHNyujGOeJaUgSGZZnGmzXzS7SxicDkk6HA/s320/curtindo-verao-na-praia_5343_1024x768.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5682811890852733714" /></a>Ricardo Dutra Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/08464375371368230153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4189707510077743729.post-73465241270245233902011-12-02T00:59:00.007-02:002011-12-02T01:08:46.349-02:00Um texto mal escritoPor que eu me interesso tanto por “buscar sentidos” no mundo? Será que as coisas têm sentido por si próprias? Li um livro chamado “Aprender a Viver”, em que o francês Luc Ferry cita filósofos ao longo de milênios para descrever a relação humana com a moral, ética e as “propostas de salvação”. Incrível ver o quanto não sabemos e o quanto criamos respostas, historias e ilusões para vivermos. Às vezes, é frustrante. Às vezes, é magnífico. Sempre, incompreensível. Por que não conseguimos ver a realidade tal como ela é? O que é isso que chamamos de “bom senso”? Será que ter “bom senso” é enxergar segundo uma visão comum, compartilhada? Acredito que não, talvez seja apenas assumir que não se entende. <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF4b7_eJ07V2SHEN2ax2G8mLc6PU9UuRXC_yqZcCIYXXxjY8e6yxxG4znImP1DUTUrW40Ew5Ir3tdqN65cUwsmUqYUVlCybyDwEf0jXUQmHOiNxzq_4GgpZDz2uXYHNh0oNV9yc4iQ_XM/s1600/untitled.bmp"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 306px; height: 230px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF4b7_eJ07V2SHEN2ax2G8mLc6PU9UuRXC_yqZcCIYXXxjY8e6yxxG4znImP1DUTUrW40Ew5Ir3tdqN65cUwsmUqYUVlCybyDwEf0jXUQmHOiNxzq_4GgpZDz2uXYHNh0oNV9yc4iQ_XM/s320/untitled.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5681360533909610978" /></a><br />Clarice Lispector, em uma <a href="http://www.youtube.com/watch?v=9ad7b6kqyok">entrevista de 1977</a>, foi perguntada sobre a “nobreza de se escrever”, reproduzo aqui, mais ou menos, o que me lembro:<br /><br />Repórter: <br />- Clarice, você acredita que “escrever” é capaz de alterar a ordem das coisas?<br /><br />Clarice:<br />- Não altera nada. Escrever não altera nada.<br /><br />Repórter: <br />- E por que, então, Clarice, continuar a escrever?<br /><br />Clarice:<br />- E eu sei? As pessoas não escrevem para alterar nada, no fundo elas querem mesmo é “desabrochar” para o mundo.<br /><br />Em São Paulo, existe uma “conversa” forte sobre “trabalho com significado”. Aonde vamos com isso? O trabalho por si só já não carrega seu sentido? Segundo os hindus, <em>“working is worship”</em> (trabalhar é orar). Trabalhar é sagrado por si só. Mas e a nossa “busca genuína”? E o desejo de fazer algo diferente do que é? Não será isso também um ideal “religioso”? Estou confuso. Por que eu citei Clarice? Já não sei de mais nada.Ricardo Dutra Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/08464375371368230153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4189707510077743729.post-43782428825884735102011-12-01T16:05:00.000-02:002011-12-01T16:06:36.570-02:00Cara-de-pauÀs vezes me surpreendo com minha cara-de-pau. E como isso é bom.Ricardo Dutra Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/08464375371368230153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4189707510077743729.post-1147615392362961532011-11-27T01:02:00.006-02:002011-11-27T01:10:31.533-02:00O fio que conectaO penico voltou a ser usado (por uma tia-avó). Ao som do xixi da meia-noite, no quarto ao lado, sinto um fio do passado, de leve conectando-se com o presente. Um ciclo está prestes a se encerrar.Ricardo Dutra Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/08464375371368230153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4189707510077743729.post-5161864873509887402011-11-25T21:15:00.004-02:002011-11-25T21:30:00.765-02:00Vir a ser<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZnjUw3VhDjehl8fZBRIBF-4bDeqU_jZ4EAd5mV6DE6J_RcscJn1Il3mv8q4YTMmJ1cSb7DBADeBmOvYEWJyPzP6_w9psYx9N2cmT1KI46XFD6Hjjvm0mE-DxQRow0zt72N_42xKYhkgY/s1600/Salvador_Dali.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 271px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZnjUw3VhDjehl8fZBRIBF-4bDeqU_jZ4EAd5mV6DE6J_RcscJn1Il3mv8q4YTMmJ1cSb7DBADeBmOvYEWJyPzP6_w9psYx9N2cmT1KI46XFD6Hjjvm0mE-DxQRow0zt72N_42xKYhkgY/s320/Salvador_Dali.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5679076086011028674" /></a> <br />Tomei uma decisão corajosa. <em>O que é a coragem?</em> Ouvi dizer que é algo que vem do coração. (Silêncio). Na verdade, foi apenas isso mesmo. Na busca por sentidos, muitas vezes acaba-se por dar sentido demais – ao que não necessariamente precisa ou pede. Decidi sair da empresa que estava trabalhando – o Grupo TATA (conglomerado indiano) para trabalhar em uma <em>“start-up”</em> (entende-se um negócio que está começando). Não foi nada demais, como dizia, foi apenas isso mesmo. Todo resto é historia inventada – daquelas que contamos a nós mesmos.<br /><br />Acontece que comecei a pensar o que leva uma pessoa a tomar suas decisões profissionais. Em geral, muda-se de emprego por um salário maior ou uma proposta melhor (o que, neste caso, inclui aspirações de crescimento pessoal/ profissional). Esta costuma ser rara – as pessoas mudam por dinheiro ou cargo mesmo. Eu não mudei por isso. Mudei por razoes que eu mesmo desconheço. <br /><br />O trabalho é o veiculo moderno pelo qual as pessoas navegam por seus desejos e sonhos. Muitos deles compartilhados – afinal, tudo que queremos não é por si uma imitação? Deseja-se, em geral, casar-se, ter filhos, uma boa casa e para tudo isso, entende-se: preciso de um “bom” trabalho (em que certa estabilidade está incluída). Não só deseja-se, também se ordena. Primeiro os estudos, daí a casa, o casamento, etc. Esta “felicidade montada” me incomoda um pouco. Ainda não sei exatamente em qual aspecto. Não é que eu pense que nada disso traz felicidade – mas costumo me perguntar se <em>todos são realmente necessários?</em> Se <em>a ordem deve mesmo ser essa: por que não ter filhos primeiro, depois casar, daí estudar?</em><br /><br />Com o martelo não bato simplesmente por desejar quebrar. Bato porque vi que o previsível me desinteressava. Estava enfeitiçado pelo <em>“o que existe além?” </em>– qual felicidade ainda está para ser construída? Sinto (vale reforçar que sentir é com o coração) que existem razoes que não vemos nem entendemos. Como em um eclipse eterno, em que Lua cobriria o Sol e ao mesmo tempo não extinguiria a sua existência – então desconhecida da civilização. O intangível do fazer pelo querer, pelo fluxo, pelo fluir que é tão inerente ao ser e tão difícil à razão.Ricardo Dutra Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/08464375371368230153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4189707510077743729.post-54623660562810905232011-11-24T19:47:00.003-02:002011-11-24T19:50:00.305-02:00Terras longínquas<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFOfKOZ1qH5PDVB1MpM77Koy6mW86BTv8XT5S0FGGSyjvPMhwn72-GnRk8jEShtsZYNYJBg55Cs2XH7DfMA29WJBdjp1OJfGuGT7BWIw3ovrDlYoKSgzRErhfgkYANFFRnMvx1p5XNfj8/s1600/Salvador_Dali-Tentacao.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 244px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFOfKOZ1qH5PDVB1MpM77Koy6mW86BTv8XT5S0FGGSyjvPMhwn72-GnRk8jEShtsZYNYJBg55Cs2XH7DfMA29WJBdjp1OJfGuGT7BWIw3ovrDlYoKSgzRErhfgkYANFFRnMvx1p5XNfj8/s320/Salvador_Dali-Tentacao.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5678682720115052130" /></a><br />E ele voltou! De longe vinha, de terras longínquas. Que idioma lá falavam? Ninguém sabia. Que religião professavam? Ninguém conhecia. Que roupa vestiam? Qual sol batia? Quantos casamentos tinha? Ninguém entendia. E quando não se entende, se cria. Mas a sua vizinhança, esta continuava a mesma! Exceto pelo novo remendo na parede, a nova lanchonete na esquina, os pais um pouco mais velhos e as crianças, que até voz já tinham! E a todos queriam que ele reencontrasse – aquele que lhe ensinou o numero oito, aquele que o vendia as torradas quentinhas, aquela que lhe deu aulas no primário, a que rezava por ele na missa e a lista, longe ia. As perguntas eram da cartilha: <em>onde é mesmo que você foi? E você falava a língua deles?</em> E ao reconhecer que pouco mesmo entenderiam, davam a conversa por encerrada:<br /><br /><em>- Isso mesmo, não é? Temos que fazer o que nos faz feliz.</em> <br /><br />Os mais aventureiros, querendo se arriscar, perguntavam: <em>“por que você gostou tanto de lá?”. </em>Bem, vale dizer que estas eram as perguntas na superfície. Embaixo das águas, os tubarões tinham novas perguntas: <em>“por que ele é capaz de gostar de algo que não temos aqui?”, “por que ele não quer o que queremos?” </em>e, talvez, em alguns oceanos – <em>“em que ele deseja nos contrariar?”. </em> <br /><br />Mas um dia ele trocou as palavras: não se lembrava, <em>“quem é você mesmo?”. </em>A sinceridade foi mais forte do que a vontade de agradar. Verdade é que não soube se segurar. E a senhora – esta que rezava por ele na missa – se sentiu ofendida. E na fúria, atacou: <em>“Fiquei velha mesmo, não é? Como alguém novo vai se lembrar de uma velha?”.</em> Lembra-se sim, apesar de não ser aquele um caso. Mas por um instante algo mais desviou sua atenção – preso ao olhar da senhora, ele não pode, senão, tornar-se ela. E confuso estava. Perguntava-se ‘o que era aquilo’ que ele não entendia. E mais, ‘por que não era capaz de aceitar aquilo que não sabia’.Ricardo Dutra Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/08464375371368230153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4189707510077743729.post-14567669837397441192011-11-24T17:58:00.005-02:002011-11-24T18:22:30.680-02:00A vida como ela éChegou a idade adulta e era hora de se mudar para a cidade. Enfim, 18 anos. Hora de “crescer” na vida, estudar mais, vir a ser. O corpo alto e magro, discurso direto e real. Capaz de um silêncio perturbador. Mudou-se para a casa dos tios (que já não viviam exatamente no interior – apenas na “periferia” da capital). A convivência era o que se pode chamar de “pacífica”. O menino trabalhava pela manhã, almoçava arroz e feijão, batia ponto na academia de porão do vizinho e à noite ia para a faculdade. <br /><br />Este era o começo da história que imaginei. Daí, ele saía para estudar – passando pela cozinha e olhos sobre a família, dizia: “Até mais!”. E pensava: “não quero conversar com eles, já que não temos nada a dizer”. Não, um instante. Na verdade, ele pensava: “conversamos mais tarde – apesar de que este 'mais tarde' nunca chega”. Ainda não, refazendo – ele saía para estudar e pensava: “adoro tanto todos eles, gostaria de mais tempo para conversarmos”. Ou melhor, ele saía e pensava o que dizia: “Até mais!". O pensamento pode ser um grande absurdo.Ricardo Dutra Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/08464375371368230153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4189707510077743729.post-92164079832584202852011-11-24T13:38:00.000-02:002011-11-24T13:40:20.791-02:001+1=2Às vezes tenho a necessidade de responder perguntas grandes do tipo “afinal, o que realmente importa na vida?”. Mas aqui não me refiro às “filosofias”. Quero a prática, ação. Quero medir. Quero saber: afinal, das 24h do meu dia onde eu coloco a minha intenção?<br /><br />Sinto um incômodo na altura do cotovelo. Um desejo de estalar os dedos – principalmente os polegares. Daí, estalo. E levanto. E como. E ando. E danço. E volto. E a ansiedade continua.Ricardo Dutra Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/08464375371368230153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4189707510077743729.post-40920876934016253222011-11-23T01:10:00.001-02:002011-11-23T01:14:13.128-02:00A beleza é relativaE não é que até “bonito” me acharam? Logo eu, que sempre me vi “inadequado”? Como em Terra de Cegos, quem tem um olho é rei – não posso deixar de concluir que a beleza é uma questão de contexto.Ricardo Dutra Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/08464375371368230153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4189707510077743729.post-80035779392284741652011-11-23T00:34:00.010-02:002011-11-24T20:07:51.040-02:00Um ponto na linha<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfLAPE1e0_21fovwxaYjjTcREp8R8eFMpsd89SHddSCwRsLyGQWq93LL3yk-IP03EhhgZF9ertwQqVzgUfA5Tx1Y__mxZ5PFsguBINqpB8V1vhXlA5UwqlCmSuV2Ti7EfDHqMO7BFtcDY/s1600/formatura.gif"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfLAPE1e0_21fovwxaYjjTcREp8R8eFMpsd89SHddSCwRsLyGQWq93LL3yk-IP03EhhgZF9ertwQqVzgUfA5Tx1Y__mxZ5PFsguBINqpB8V1vhXlA5UwqlCmSuV2Ti7EfDHqMO7BFtcDY/s320/formatura.gif" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5678014826185924450" /></a><br />E a festa começava. Mas por que mesmo festejávamos? Celebrávamos uma etapa, um ciclo concluído, um novo andar galgado. Mas essas “etapas” não somos nós mesmos que criamos? Assim sendo, tudo estava quadrado. As crianças entraram para comemorar o fim do quinto ano do ensino fundamental. Hoje tudo se comemora e se encerra mais cedo – parece que a urgência para se “preparar” e “saber” mais (do mesmo) está se intensificando. Quem sabe em 2050 não faremos formatura de crianças de seis anos já na pré-escola? Ou de bebes na saída da maternidade? Olhando currículos? Talvez.<br /><br />E como eu contava: tudo estava quadrado e caótico. O chapéu preto (cujo nome de registro é capelo) era quadrado, o barulho era caótico. E as professoras, coitadas: jovens, repetiam a cartilha e, confusas, andavam em meio aos príncipes e princesas do ensino fundamental – buscando um olhar para se encontrar, um amigo para se encostar, uma parede para se segurar. O paraninfo, ao entardecer dos seus 25 anos, declamava um discurso de poesia, beleza, amor e liberdade (ou algo neste sentido) aos jovenzinhos de nove e dez anos.<br /><br />Quanta vida! E tão cedo! Talvez seja por isso que a professora de matemática estava preocupada com os erros no preenchimento de gabaritos dos simulados. <em>O vestibular vem ai, garotada!</em> – parecia dizer.<br /><br />E a diretora? Essa me emocionou. Sua voz – pouco adequada a uma pessoa que narra um evento ou conta uma história – ecoava de maneira estranha no salão. As famílias, incomodadas com os pequenos detalhes, ao reclamar fortaleciam quem acreditavam ser. E no meio de uma coxinha de frango e uma alfinetada nos erros de gramática da professora de português – estava o olhar de esperança sobre o filho que, inconsciente do sentido do olhar, dançava.<br /><br />Como uma âncora que traz todos ao chão – ou por vezes leva todos aos ares – chegou a hora de apresentar a turma de formandos da quinta série! A diretora narrava os sonhos de cada um na medida em que as crianças subiam ao palco. <em>Sonho? Não tenho sonho</em> – disse meu sobrinho. Daí inventava um – já que precisava ter. <em>Engenheiros, atrizes, jogadores de futebol </em>– o futuro brilhava nos olhos da platéia, ainda que cansada do calor e do ritual.<br /><br />Mas vale comentar que tinham também aqueles que, de alegria genuína, festejavam. Felizes. Para eles, uma formatura é apenas uma formatura. E que continue sendo – lavada.Ricardo Dutra Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/08464375371368230153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4189707510077743729.post-42623423739152667582011-11-22T11:39:00.002-02:002011-11-22T11:41:37.664-02:00Importando- Quanto custa?<br /><br />- O que?<br /><br />- <strong><em>Aquilo.</em></strong><br /><br />- Onde?<br /><br />- A ideia.Ricardo Dutra Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/08464375371368230153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4189707510077743729.post-87055968262228333112011-11-21T23:53:00.002-02:002011-11-21T23:56:32.912-02:00A pergunta projetadaRecentemente uma grande amiga – a quem eu profundamente admiro – me perguntou qual o sentido da vida. (Silêncio). O sentido da vida – ele próprio? Desconheço. Bem, talvez como sugeriu o personagem de Ricardo Darín em “O conto chinês”, <em>a vida seja um grande sem sentido. </em><br /><br />E como eu gosto de criar – e tendo a permissão para tanto, criaria: o sentido para vida somos nós que damos. Afinal, o existencialismo não é um humanismo? E a pergunta não seria - ela própria - maior do que qualquer resposta? <br /><br />Talvez também (ainda criando) este “sentido” seja uma grande projeção. Uma ilusão da nossa mente esperta. Ou talvez não – pode ser que eu, sozinho, seja o iludido.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLLWpDyzwqQjqGdwo-pP7KXSNXO0ivJi9sJX_oeiTsJg-BsF6q0AwCyk_d-_aSgbZqtpxBKcZVBw0u5XpcST9xzH1l44onp5EGkLKU_4oa5MGlBboupWYqLKelyh3ApEMklB4jgXCTcFA/s1600/imagesCAZQLUEJ.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 319px; height: 158px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLLWpDyzwqQjqGdwo-pP7KXSNXO0ivJi9sJX_oeiTsJg-BsF6q0AwCyk_d-_aSgbZqtpxBKcZVBw0u5XpcST9xzH1l44onp5EGkLKU_4oa5MGlBboupWYqLKelyh3ApEMklB4jgXCTcFA/s320/imagesCAZQLUEJ.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5677633123263961090" /></a>Ricardo Dutra Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/08464375371368230153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4189707510077743729.post-73975843885891819152011-11-21T23:27:00.000-02:002011-11-21T23:29:59.247-02:00O segredo matemáticoSe o sentido da vida somos nós que damos (ou que criamos), logo – matematicamente – podemos tudo que queremos. <br /><br />Talvez seja esse nosso “grande” segredo.Ricardo Dutra Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/08464375371368230153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4189707510077743729.post-34106161520296376812011-11-21T16:44:00.004-02:002011-11-21T16:50:00.136-02:00Quem sou eu?<strong><em>I am my hair.</em></strong><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCCPf8R_TGNsgRVMtKh1MqnoMpQiNHab4Wp8FL981oeqVsdTm62fJ_Ch4k7N-tkCpSshtGAA0ELulAXAGxhctTA_8EvLsrc9wgf-v5PVlmKqHtRFedbM14qUyDmFM5Kki66ZBEfvCFWMA/s1600/016948550-EX00.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCCPf8R_TGNsgRVMtKh1MqnoMpQiNHab4Wp8FL981oeqVsdTm62fJ_Ch4k7N-tkCpSshtGAA0ELulAXAGxhctTA_8EvLsrc9wgf-v5PVlmKqHtRFedbM14qUyDmFM5Kki66ZBEfvCFWMA/s320/016948550-EX00.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5677522810665545330" /></a><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3fg52zn77vuUDl0yhrHFXJxxpV1LQxhpURnuR5zjd3zXOpvPoHF9cLat8caN5swI1uxbIsRsym4PasglL6j0oCEoaCd6VFXgfVxRzcgcKoX97L_hyMut0epwGTUVtbdBakAwsaOYGgVc/s1600/lady-gaga-natural-hair-extensions.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3fg52zn77vuUDl0yhrHFXJxxpV1LQxhpURnuR5zjd3zXOpvPoHF9cLat8caN5swI1uxbIsRsym4PasglL6j0oCEoaCd6VFXgfVxRzcgcKoX97L_hyMut0epwGTUVtbdBakAwsaOYGgVc/s320/lady-gaga-natural-hair-extensions.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5677522962448421602" /></a><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIRd3K8ARvNnGWVMd98y03neNgFKGtqR8MBU0GDy-xTnUCsiDURe2dl_dM7eKGLYLIN1kf4aejjT6_wThGWhyphenhyphenPA6XaNbYrCRtVVIb-A2CYburFybFdaToyqW28zrlS8RKzIZMFAH1en5c/s1600/sebastic3a3o-salgado-01.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 210px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIRd3K8ARvNnGWVMd98y03neNgFKGtqR8MBU0GDy-xTnUCsiDURe2dl_dM7eKGLYLIN1kf4aejjT6_wThGWhyphenhyphenPA6XaNbYrCRtVVIb-A2CYburFybFdaToyqW28zrlS8RKzIZMFAH1en5c/s320/sebastic3a3o-salgado-01.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5677523078202844226" /></a><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnIEky8y4iiueQqhlPwTpjeq47ZvblV6VV-tFHqK06HC-kenS3e62ejdxvb8bjCizKEB8kC0qDfoP01IjvJU6YP1CnF0TOsqP23ISDtNwxuSnNzjCypHg1TcvzDRbexAWCXPjUydqCkdA/s1600/ZZ765175E7.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 214px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnIEky8y4iiueQqhlPwTpjeq47ZvblV6VV-tFHqK06HC-kenS3e62ejdxvb8bjCizKEB8kC0qDfoP01IjvJU6YP1CnF0TOsqP23ISDtNwxuSnNzjCypHg1TcvzDRbexAWCXPjUydqCkdA/s320/ZZ765175E7.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5677523198683873234" /></a>Ricardo Dutra Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/08464375371368230153noreply@blogger.com0