Deixe de ser quem você pensa que deveria ser e abrace quem você é.
E ainda desafia o leitor a pensar:
Tornar-nos donos da nossa historia e ao mesmo tempo nos amar neste processo é a coisa mais corajosa que jamais faremos.
A leitura foi muito gostosa, entre uma paisagem e outra na África do Sul ou uma pessoa e outra que eu conhecia – fui lendo. Deitado na praia, comendo peixe no restaurante, viajando de carro. Mal sabia eu que a vulnerabilidade maior ainda me esperava – estava mais adiante: quando eu saísse da África e chegasse à Índia.
Eu sempre fiz o papel de “terapeuta” com muitos amigos. Ouvindo, questionando, dando sugestões. Mas acho que chegou a hora de me encarar no espelho. Bonito isso, né? Tenho percebido nos últimos anos que alguns padrões da minha personalidade sempre se repetem. E alguns deles me dão boas rasteiras.
No livro, a autora fala sobre vulnerabilidade e apresenta, por exemplo, a idéia de que o quanto conhecemos e entendemos a nos mesmos é muito importante, mas existe algo que é ainda mais essencial para uma vida equilibrada e completa de coração: amar a si próprio.
Essa idéia é muito boa. Pois indica que viver “de coração” envolve tanto “abraçar” nossas vulnerabilidades e desenvolver autoconhecimento quanto também saber “pedir” e “assumir” seu poder. Esta jornada é difícil e envolve um exercício de saber mais como “eu me sinto” e menos “o que o outro pensa”.
Traduzo aqui algumas partes do livro como a definição da autora de amor:
Cultivo amor quando permito ao meu poderoso e vulnerável “eu” ser profundamente visto e conhecido, e quando honro a conexão espiritual que cresce a partir dessa oferta com respeito, carinho e afeto.
O amor não é algo que dou ou recebo; é algo que cultivo e cresce; uma conexão que só pode existir entre duas pessoas quando existe em cada uma delas – só posso amar aos outros quando amo a mim mesmo.
Vergonha, culpa, desrespeito, traição e não-afeição danificam as “raízes” das quais o amor cresce. O amor só pode sobreviver esses “machucados” se eles forem reconhecidos, curados e raros.
E a carta que a autora recebeu de um leitor:
Certamente, as pessoas que amamos nos inspiram a ir às alturas do amor e da compaixão – as quais nunca atingiríamos de outras maneiras. Mas para realmente escalar estas “alturas”, freqüentemente precisamos ir às profundezas de quem somos: luz/ sombra, bom/mau, amor/ destruição. E entender nossas próprias questões para amar melhor os outros. Chegamos a amar os outros de maneira muito intensa, talvez mais do que pensamos amar a nos mesmos – mas este amor intenso deve nos servir para chegar às profundezas de nos mesmos de maneira que possamos aprender a ter compaixão consigo próprio.
Uma musica para alegrar seu dia - direto das "paradas" indianas ;)
Why this Kolaveri di?