domingo, 21 de novembro de 2010

De volta ao Brazyl!


De volta ao Brasil! Que sensação estranha! Depois de uma viagem de 36 horas entre avião e conexões, sai da Índia, passei por Dubai, cheguei a São Paulo e fiz uma conexão para Vitoria. Acho que estou experimentando um pouco de choque cultural ao reverso – ao mesmo tempo em que as coisas são familiares, elas são muito diferentes do que eu estava acostumado na Índia.

To achando Vitoria uma cidade extremamente limpa, organizada, vazia, se comparada à loucura das cidades indianas. As pessoas fazem e respeitam filas por aqui, usam roupas curtas, uma variedade enorme de cor de pele, tem gente loira, morena, branca, preta. Homens e mulheres se relacionam de maneira intima em publico com beijos, abraços, e ta tudo bem... O Brasil e um pais de mais festas, uma cultura de mais “sair e se divertir”, menos tradicional em relação a comportamento. Por mais que existem coisas “erradas” e “certas” de se fazer, acho que no fim das contas os brasileiros entendem de tudo – “ah, não liga não. Ta tudo bem!”. Na Índia a tradição conta muito e não respeitá-la e muito mal visto.

Em casa, minha família ta me tratando como um rei, comida na mao, roupa lavada, casa e quarto limpos. Ao mesmo tempo em que e aconchegante e um pouco claustrofóbico – mas entendo que ter e não ter as coisas na mao, ambos fazem parte da vida. Meus amigos também me receberam muito bem e fiquei feliz de tê-los por perto. Isso me deu uma referencia.

Não sei se o que sinto em relação à Índia hoje e “apego” (que se for, com o tempo passa) ou se e porque a Índia se tornou parte da minha identidade (o que eu espero que seja). Sempre que estamos no nosso próprio pais, a gente se acostuma com o dia-a-dia, não diz o que pensa o tempo todo por medo dos efeitos da convivência, explora menos os lugares (afinal, para que ir ao Amazonas agora se ele sempre vai estar la?). Acredito que isso tudo tem relação com estar na nossa “zona de conforto”, que para mim e mais uma zona de “desconforto”. Sei que passaram só alguns dias da minha chegada no Brasil, mas algo certo eu aprendi na Índia – quero viver sempre grandes aventuras porque elas trazem o melhor de nos e o melhor da vida.

Qual será a próxima?

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