Como uma ideia pode mudar a forma como voce ve as coisas? Tenho refletido sobre essas incriveis ideias que mudam a nossa percepcao do mundo. Por exemplo, lembro que ha uns 4 anos atras uma colombiana que esteve em Vitoria fez uma reuniao comigo e eu tinha o papel de realizar uma mobilizacao na universidade federal do ES para conseguir candidatos ao processo de selecao da AIESEC. Eu queria umas 70 pessoas como meta porque de historico nunca tinha sido mais do que isso. Ela me encontrou e disse: voces podem fazer 200, por que nao?
E um exemplo simples mas que teve grande efeito. O “por que nao” dela expandiu meu pensamento para algo alem do que eu imaginava. Essa tipo de ideia a que estou me referindo.
Aqui na India encontrei algumas pessoas fantasticas e tive conversas que mudaram minha forma de ver algumas coisas. Lembro de uma conversa com a Marina, uma russa que depois de 1 ano na Argentina veio passar mais de 1 ano na India. Na despedida dela, a gente falava sobre a volta a Russia, as impressoes dela sobre a Russia, que ela sentia falta de casa depois de mais de 2 anos fora. Ao mesmo tempo, ela dizia que nao sabia por quanto tempo ia ficar na Russia. De uma maneira tao natural, ela lancou uma ideia que “expandiu meu pensamento”: volto a Russia mas nao sei ate quando, que fique mais ou menos tempo, a minha vida vai ser uma eterna mudanca.
Tem algo em comum nessa ideia com que eu pude me relacionar. Parece um bichinho dentro da gente que faz sempre a gente querer mudar, crescer, fazer mais e mais coisas, mais coisas diferentes, mais desafios, mais problemas para resolver. E quando ta resolvido, uma vontade grande de fazer mais alguma coisa, cavar, descobrir, se surpreender. Essa busca vai alem do espaco ou do pais que voce esta. Percebi que ela esta dentro de mim assim como da Marina. Essa foi uma ideia que expandiu meu pensamento.
Meu chefe indiano e fantastico. Ele foi um mestre em lancar ideias desse tipo. Lembro de quando eu cheguei e tudo no trabalho demorava, nada era facil de ser completado sem acompanhamento. Dai ele me viu depois de duas semanas ainda sem acesso ao site interno da empresa. “Voce nao tem acesso?” Dai veio minha desculpa: “nao consegui, nao me responderam.” Dai ele lanca a ideia: “aqui nada vai vir de graca. Essa e a cultura. Voce e o responsavel final. A falta de acesso e sua responsabilidade. So sua.” Daquele dia em diante nenhuma justifica jamais valeu a pena.
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